DestaqueEventosGeralNotícias

Movimento LGBTQIAPN+ celebra diversidade em Andradina

Encontro anual do movimento aconteceu na Praça Céu das Artes

Assessoria de Comunicação/Prefeitura

 

ANDRADINA – Em 2023, completam 46 anos do começo da organização do movimento LGBT no Brasil. Em 1978, as lutas começaram sob o título ”Movimento Homossexual Brasileiro”, que sofreu transformações até se transformar no Movimento LGBTQIAPN+ que é conhecido, hoje.

Para celebrar o fortalecimento da “luta”, a Secretaria de Esportes, Cultura, Lazer e Juventude, realizou no dia 1 de julho, na Praça Céu das Artes, o encontro anual do movimento.

“Vamos comemorar com muito orgulho os avanços e fortalecer onde ainda precisamos seguir em frente. Assim temos uma sociedade plural e fortalecida”, disse o secretário do Esporte, Cultura, Lazer e Juventude, Jonilcio Avelino da Silva, o Careca.

A roda de debates, que abordou desde as dificuldades do movimento em Andradina e a marginalização, aos “cases” de “sucesso” profissional e pessoal, tiveram como convidados o Dr André Godoy e do professor Ricardo Silva.

A programação artista contou com apresentações de Conexão Daniel´s, Leogionários, Patrícia Alvino, Kadosshi e da Miss Trans Dourados, a andradinense Jeane, que está participando do Miss Campo Grande, que abre caminho para o Miss Brasil.

A Origem

De um confronto entre policiais e manifestantes nos Estados Unidos, em 28 de junho de 1969, surgiu a data em que se comemora o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

O protesto acontecia em defesa do clube gay Stonewall Inn, aberto em 1967, no coração do boêmio bairro de Greenwich Village, em Nova York.

Naquela época, apesar da circulação de ideias progressistas na região, as leis contra homossexuais eram rígidas, colocando em risco aqueles que ousavam demonstrar afeto não heterossexual em público.

Para escapar da regulamentação estadual que proibia os homossexuais de consumir bebidas alcoólicas, o mafioso “Fat Tony” Lauria fundou o Stonewall Inn como um clube privado.

Embora as batidas policiais fossem relativamente comuns no estabelecimento, uma investida surpresa em 1969 tomou rumos inesperados, resultando no que ficou conhecido como “Rebelião de Stonewall” –um levante de seis dias em defesa dos direitos da população LGBTQIA+.

A primeira invasão aconteceu na terça-feira, 24 de junho. Dias depois, na sexta-feira, 27, os policiais voltaram ao clube na intenção de “destruir o bar e esbofetear os proprietários com infrações suficientes para fechá-lo para sempre.

Em meio à confusão, quando já passava da meia-noite –sendo, portanto, sábado, 28 de junho– os manifestantes começaram a jogar objetos contra agentes de segurança que tentavam prender uma mulher homossexual.

Na noite de sábado, cerca de 2.000 pessoas se reuniram em frente ao bar, dando as mãos e gritando frases como “poder gay”, “queremos liberdade agora” e “Christopher Street pertence às rainhas”. A Rua Christopher foi bloqueada por manifestantes.

Mais uma vez, na quarta-feira, os manifestantes se dirigiram ao local para continuar a passeata, mantendo o clima de revolta por algumas semanas.

Ao todo, 21 pessoas foram presas durante os eventos e uma morreu –um motorista de taxi que sofreu um infarto após ter seu veículo invadido.

No ano seguinte, na mesma data, milhares de pessoas voltaram à Greenwich Village para a primeira marcha do Dia da Libertação da Rua Christopher. Era o início do evento anual que evoluiu para o que conhecemos como “Parada Gay”.

 

Agenda Brasil

No Brasil, em 2023, há uma extensa agenda legislativa para a comunidade LGBT, incluindo o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mais de oito projetos de lei relacionados e várias outras propostas, que pretendem, prover uma educação melhor, melhorias no sistema de saúde, segurança pública e cultura.

Acima de tudo, a comunidade está empenhada em garantir que os direitos protegidos pelo STF sejam transformados em lei.

O Supremo permitiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo há mais de 10 anos, mas isso ainda precisa ser confirmado pelo Congresso. Os defensores também esperam aprovar projetos de lei que permitam que pessoas trans mudem sua identidade oficial para corresponder ao seu gênero sem mostrar prova de uma cirurgia de mudança de sexo.

 

Números

-Cerca de 20 milhões de brasileiras e brasileiros (10% da população) se identificam como pessoas LGBTQIA+ 1

-51% das pessoas LGBTQIA+ relataram ter sofrido algum tipo de violência motivada pela sua orientação sexual ou identidade de gênero 2

-1 pessoa LGBTQIA+ é assassinada a cada 29 horas no Brasil 3

-68% dos jovens LGBTQIA+ já foram agredidos ou sofreram algum tipo de ameaça 4

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo