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Cadeirante de Guaraçaí realiza sonho de conhecer radialista, num encontro repleto de emoção e risos

Guaraçaí

Tatiana Cestari

 

Na manhã deste sábado, 11 de novembro, um ouvinte de décadas do radialista Marcos Rocha, de Andradina, realizou o sonho de conhecer o profissional, que atua na área, desde 1986. O guaraçaiense Paulo Donizeti Aspar, que é cadeirante em função de paralisia infantil, completa 63 anos no próximo dia 17 de novembro.

“Ouço os programas do Marcão todos os dias. Às vezes ele muda de horário e até já foi transferido de cidade. Então eu acompanho a mudança”, relata Paulo, que relembra diversas passagens do profissional, durante suas transmissões. Inclusive citou gafes e problemas técnicos, que aconteceram durante programas ao vivo, o que é comum no rádio e também nas emissoras de tv. Diante das lembranças, os risos e a emoção, tomaram conta do ambiente.

“É impressionante como o Paulo tem uma memória boa. Ele guarda coisas que falei e fatos que aconteceram há muitos anos. Sem contar esse carinho dele, comigo e os demais radialistas. Isso é muito importante para nós. O rádio acabou perdendo um pouco do seu espaço para a internet. Tanto que tivemos que nos adaptar e também aderir a transmissão pela internet”, comenta Marcos, que estava acompanhado da esposa, Luciana Rocha.

O encontro entre Paulo e Marcos, aconteceu após uma conversa informal, entre a reportagem do Correio do Noroeste e a irmã de Paulo, a senhora Isabel Aspar Giuss, que é uma das pessoas que mais presta apoio ao irmão, junto do filho Dênis e o cuidador Gabriel.

À reportagem, Isabel comentou sobre o antigo desejo de Paulo conhecer o radialista, e então foram feitos os primeiros contatos, para que o encontro acontecesse. Cerca de uma semana depois, Marcos já estava na residência do ouvinte, em Guaraçaí.

“Se morrer hoje, morro feliz”, resumiu Paulo Donizeti, de forma humilde, a visita do radialista Marcos Rocha, à sua casa.

 

A DOENÇA

Paulo fez questão de explicar ao radialista e à reportagem do Correio do Noroeste, o processo de como tornou-se cadeirante.

Segundo ele, há 58 anos, quando tinha apenas 5 anos de idade, começaram os primeiros sintomas da paralisia infantil. “Primeiro começaram pelas minhas pernas e acabou afetando também minha visão. Porém, com a pouca informação na época, foram alguns meses até o diagnóstico definitivo”, citou.

Mas uma situação ficou clara, durante o encontro com o radialista, o único momento que Paulo permitiu-se chorar, foi quando, tomado pela emoção e sentimento de gratidão, citou o nome do sobrinho Dênis e tudo o que o rapaz faz por ele.

Com esse encontro, outra situação ficou clara: ‘nesta vida, se as pessoas não estiveram abertas para fazer o mínimo pelo outro, então ela está vivendo errado’.

 

PARALISIA INFANTIL

Também conhecida como Poliomielite, esta é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.

A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. O esquema vacinal contra a poliomielite é de três doses da vacina injetável – VIP (aos 2, 4 e 6 meses) e mais duas doses de reforço com a vacina oralbivalente – VOP (gotinha).

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