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BLACK HOUSE: Casa tem despertado a curiosidade de visitantes e moradores, em Andradina

Também chamada de Casa das Caveiras, imóvel tem a fachada coberta por bonecos e esculturas de bruxas, caveiras, cruzes, vampiro, personagens de filmes de terror e outros

Andradina

Tatiana Cestari

 

Além de ser reconhecida, nacionalmente, como a ”Terra do Rei do Gado” – título recebido há décadas, Andradina tornou-se, em setembro de 2022, Distrito Turístico, reconhecimento feito pelo Governo do Estado de São Paulo. Mas, um endereço tem despertado a curiosidade, não apenas dos moradores, mas também de visitantes que ouvem falar da “Black House”, também chamada de “Casa das Caveiras” ou “Casa das Bruxas” e fazem questão de ir até lá para registrar fotos.

O imóvel, que tem a fachada repleta de esculturas de caveiras, além de bonecos de músicos ícones do rock, personagens de filmes de terror dos anos 80, vampiro, morcegos, bruxas, cruzes, entre outros, é do artista plástico, tatuador, pintor e músico, Héber Gonçalves Picarelli, 42 anos, do pai Aparecido e do irmão Aliander Picarelli.

Héber, que ainda afirma ter uma banda de rock e ter como outro hobby a customização de motocicletas, veste-se somente com roupas pretas, desde a adolescência, quando passou a deixar os cabelos crescerem.

Algo que chama muito a atenção de quem o conhece pessoalmente, são os dois dentes caninos superiores, serem maiores que o das demais pessoas. “Já me perguntaram se sou vampiro. Como gosto de brincar e levo os comentários numa boa, confirmo que sou”, conta ele, em meio a risadas.

 

A CASA

Os detalhes feitos por Héber, na fachada da casa, são diversos. Até a base da lixeira, é uma escultura em cimento, repleta de caveiras. “A lixeira foi uma das primeiras que fiz. O primeiro boneco foi o Eddie, mascote da banda de ‘heavy metal’ Iron Maiden”, explica o rapaz, que como gosta muito de rock n´ roll, mencionou sempre ter tido vontade de decorar a casa e transformá-la em um museu do rock, mesmo vivendo numa região, onde o estilo sertanejo, é predominante. “Em 2019 fiz a primeira peça decorativa. Mas foi no início da pandemia do Covid, em 2020, que passei definitivamente a mudar a casa. Hoje são 19 esculturas. Viver nesse ambiente que estou criando, me deixa feliz. É algo que gosto. Faz parte da minha cultura musical. Têm muitos bonecos e esculturas para fazer”, planeja. “Ah! Tenho um caixão dentro de casa, usado como peça de decoração”, diz.

O artista plástico afirma que, a maior parte dos materiais utilizados nos trabalhos, são sucatas e objetos que vão para a reciclagem, como é o caso de bonecas descartadas por crianças. “Transformo tudo o que posso, em arte. Inclusive, aproveito para pedir para, quem quiser doar bonecas quebradas, máscaras e aquilo que possa servir para a decoração do futuro museu do rock, que entre em contato comigo. Também aceito tinta, cimento e areia”, salienta Héber. (telefone e endereço estão no fim da matéria).

“Meu sonho é transformar a parte de baixo da minha casa num museu do rock e abrir uma lojinha online, para venda de camisetas, acessórios, objetos de decoração e tudo o que puder ter como tema a casa e o rock. Já na parte superior do imóvel quero levantar uma estrutura em formato de castelo, que é onde farei os quartos e outros cômodos.

 

HISTÓRIAS ENGRAÇADAS

Uma câmera de segurança, instalada na parte externa da casa, registra momentos engraçados, segundo define o rapaz.

“Algumas pessoas que passam na frente, principalmente à noite, faz o sinal da cruz, outras correm e há quem traga os filhos para tentar passar medo, caso sejam desobedientes. São diversas as reações. Os agentes dos Correios não passam aqui para entregas. O pessoal da varrição de rua, nem chega perto da calçada. Os entregadores de pizza ou lanche, param no meio da rua. Não querem pisar na calçada, porque falam que sou amaldiçoado”, comenta Héber, divertindo-se com os próprios relatos.

Ele diz que leva reações e comentários, na brincadeira. “Nada me ofende, pois já me acostumei. Na verdade, até brinco com algumas das histórias de crenças e questionamentos. O que acho mais legal, é quando as crianças vêm até mim e, mesmo com certo receio, fazem perguntas. Certa vez um menino perguntou se era verdade que eu matava as crianças para fazer sabão. Que a me havia alertado para que ele não viesse aqui. Óbvio que, neste caso, neguei e tentei desmistificar aquela crença”, lembra.

 

VEREADOR E ANIMAIS DE RUA

Héber disse que nas próximas eleições, marcada para outubro deste ano, estará como candidato ao cargo de vereador, por Andradina. Que seu propósito é lutar pela causa dos animais abandonados. “Atualmente cuido de cerca de 25 gatos. Nove moram comigo e meu pai. Já outros quatro têm casinhas que ficam na calçada, protegidos do sol e chuva. Os demais estão pela cidade e vou até eles para levar alimentação. Para isso também não recebo ajuda financeira de ninguém. Mas se eleito, quero construir um gatil e canil, além de buscar recursos para trazer um castramóvel e oferecer o serviço gratuito, para os animais das famílias carentes.

A Black House fica na rua Jesus Trujillo, 485, no Jardim Alvorada, em Andradina. Para quem quiser fazer doações de itens para ajudar na decoração da casa ou ração para os gatos de rua cuidados por Héber, o telefone do artista plástico é o (18) 99794-5682.

Fotos e vídeos da casa podem ser vistos no Instagram, pelo link abaixo https://www.instagram.com/blackhouse485?igsh=M3NyYjhrY3h1cG05

Fotos (Tatiana Cestari e arquivo pessoal do entrevistado)

 

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