DestaqueGeralNotícias

PINTURA: Artista plástico andradinense Wilker Batista, chama atenção por retratar esculturas do trevo 

Quem passava pelo local, pode prestigiar Wilker reproduzindo o monumento em homenagem ao "Rei do Gado", em uma tela

Tatiana Cestari

 

ANDRADINA – Quem passou pelo trevo de Andradina, nesta terça-feira (25), se deparou com uma cena nada comum: um homem usando o local como ateliê. O artista plástico andradinense, Wilker Surlo Batista, 35 anos, escolheu o ambiente – mais especificamente o monumento em homenagem ao eterno “Rei do Gado” – Antônio Joaquim de Moura Andrade, para eternizar sua arte.

Wilker explica que, a ideia da pintura do trevo foi uma forma de buscar inspiração, além de estar em algum local que pudesse ser visto fazendo um estudo ao ar livre.

“Vejo como uma maneira de tornar essa atividade mais interessante, já que sempre pintei de forma mais reservada. Então, na semana passada, quando comecei a fazer isso, passei a enxergar Andradina com outros olhos. Percebi que existem muitos locais que merecem ser retratatos na tela”, mencionou o artista que, já dedicou tempo para pintar a cascata do Centro Cultural e o pontilhão da rua J.A de Carvalho. “Pretendo continuar retratando vários outros pontos, em telas maiores, e até os mesmos pontos, mas de ângulos diferentes. Pensando assim, tem trabalho para a eternidade”, brinca.

Para o artista plástico, as esculturas de bovinos e equinos instaladas no trevo de Andradina, tornaram-se o cartão de visita da cidade. Acho muito atrativa essa ideia temática. Sem contar que abre portas para vários artistas. Espero que continuem sempre bem cuidadas e que a população zele pelos trabalhos que estão ali”, menciona Wilker.

 

O INÍCIO

Embora tenha trabalhado em distintos mercados de trabalho (mecânico montador, serralheiro, auxiliar administrativo, entre outras), o artista começou a pintar telas, de forma profissional, no início da pandemia, quando um casal de amigos o presenteou com vários materiais de pintura.

“Hoje, a pintura não é minha principal renda, mas já vendi mais de 60 telas, no decorrer de quatro anos. Espero um dia viver exclusivamente disso, por isso, neste ano ingressei na faculdade de artes. Futuramente, tenho a intenção de dar aula”, contou.

Wilker revela que, desde muito novo, já manifestava interesse e também vocação por artes, principalmente por desenhar.

“Na escola, os professores sempre falavam sobre isso. Inclusive, durante o ensino fundamental, saiu um artigo sobre meus desenhos, no jornal da escola. Estudava no Colégio “Rui Barbosa”. Naquela época havia períodos em que me dedicava à pintura. Mas havia fases que parava. Retornei com essa atividade no ano de 2018, oportunidade que me aventurei fazendo tatuagem, embora tenha ficado pouco tempo nesse campo”, explica.

Quando questionado sobre seu estilo artístico na pintura, Wilker cita que, atualmente prefere não rotular seu trabalho, já que se aventura em tudo o que já viu. “Não gosto de ficar preso a algo. Acredito que o estilo se desenvolve gradativamente. Talvez um dia alguém olhe e diga: “essa tela foi o Wilker quem fez” (risos). Mas minhas inspirações estão no ‘Impressionismo’. Gosto daquele aspecto deixado pelas marcas bruscas do pincel”, salientou o artista plástico.

Em um dos vídeos postados em seu Instagram (https://www.instagram.com/wilker_ar7?igsh=OGR0MTQ4dWxyaXds) Wilker faz uma pintura, onde mistura o uso de pincéis e também dos dedos das mãos. “A ideia de usar os dedos, ao invés de pincéis, foi apenas um exercício para treinar a percepção, sem me preocupar com pequenos detalhes, mas focar na pintura como um todo e aprender a resolver questões, sem o uso de ferramentas. Às vezes pensamos que só conseguimos fazer algo, se tivermos isso ou aquilo, mas para fazer uma pintura basta alguma tinta, uma superfície e deixar a criatividade fluir”, avalia ele.

 

IMPRESSIONISMO – As principais características do impressionismo são os contornos imprecisos e o caráter paisagístico.

No impressionismo, a ideia é retratar os objetos através do contraste de cor e luz, onde as próprias pinceladas dos pintores se tornam uma marca de luz e sombra na tela.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo