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Advogado que tem 2 mulheres é esfaqueado por uma delas

Trio passou o dia junto e a investigada alegou que deu a facada para se defender de agressões sofridas ao pedir para ele terminar com a outra; delegado considerou legítima defesa

Um advogado de 36 anos, que vive em união estável com duas mulheres, foi esfaqueado na madrugada de domingo (1), em Castilho (SP), durante briga com uma das companheiras dele, de 25 anos.

A acusada chegou a ser levada para a delegacia em Andradina presa em flagrante pela Polícia Militar, mas o delegado plantonista entendeu que ela agiu em legítima defesa e a liberou após o registro da ocorrência.

A mulher contou aos policiais militares que vive em união estável com o advogado, que também vive em união estável com outra mulher, identificada por ela apenas pelo primeiro nome.

Essa situação é legal e registrada em cartório, de acordo com a investigada, que tem dois filhos com o advogado, um de 1 e outro de 3 anos de idade.

Passeio em família

De acordo com a mulher, ela, o companheiro e a outra companheira dele saíram com as crianças no sábado para passar o dia em um balneário em Três Lagoas (MS).

Na volta para casa, a família passou por um bar em Andradina e terminou a recreação em outro bar, já na cidade de Castilho, por volta das 2h de domingo.

Ao deixarem o bar, o advogado passou na casa da companheira que não tem filho com ele para deixá-la. Em seguida, foi para a casa da mãe dos filhos dele onde, por ciúmes, iniciaram uma discussão.

Durante a briga, a mãe dos filhos dele disse que deu um soco no companheiro, que por revide, passou a agredi-la.

Na versão dada por ela, a facada aconteceu quando ela armou-se para se defender das agressões sofridas por parte dele.

Após detê-la, os policiais militares estiveram no pronto-socorro de Castilho e falaram rapidamente com o advogado, que alegou que apenas se defendeu das agressões sofridas por parte da mãe dos filhos dele.

Legítima defesa

A investigada foi apresentada na delegacia, onde repetiu a versão dada aos policiais militares anteriormente.

Ela informou que ela e a outra companheira do advogado ingeriram bebidas alcoólicas durante o passeio, mas que em momento algum elas discutiram.

Porém, durante o dia, essa outra mulher teria relatado que era agredida pelo companheiro, que pretendia deixá-lo e terminar a relação a três.

Segundo a mãe dos filhos do advogado, a discussão entre ela e ele se deu quando ela teria comentado com ele sobre a possibilidade de ele deixar a outra companheira.

Soco

A mulher confirmou ter agredido o companheiro com um soco, fazendo com que ele revidasse. Como os ânimos se alteraram, ela foi para a cozinha, onde teria sido novamente agredida com socos na cabeça e na nuca.

Por ser menor do que o companheiro, ela armou-se com a faca e o golpeou na barriga uma única vez, na versão dada por ela.

Após ouvir o depoimento da mulher no plantão policial da Delegacia Seccional de Andradina, equipes de investigadores foram à Santa Casa para tentar ouvir o advogado. Porém, ele estava no Centro Cirúrgico e não pode dar a versão dele.

Os policiais civis estiveram na residência do casal e não encontraram marcas de sangue. A faca que teria sido utilizada pela mulher foi apreendida, mas também estava limpa.

Lesões leves

Um médico legista esteve no plantão policial e emitiu laudo provisório de lesão corporal leve na investigada, que apresentava marcas escuras nas pernas e nos braços, próximo à altura dos ombros.

Uma conselheira tutelar acompanhou o registro da ocorrência, até definir qual seria o destino dos filhos do casal.

Porém, ao analisar tudo o que foi apurado, o delegado plantonista considerou que a mulher apenas se defendeu das agressões sofridas por parte do companheiro.

Assim, tendo ela agido em legítima defesa, foi liberada após o registro do boletim de ocorrência.

Os filhos do casal foram entregues a ela, que requereu à Justiça das medidas protetivas previstas na lei Maria da Penha, para que o companheiro se mantenha afastado assim que deixar o hospital

Fonte
Lázaro Jr

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